6 de abril de 2016 - Por Financas Femininas
O setor imobiliário vem sofrendo com as incertezas no cenário macroeconômico do País. Os problemas afetam a confiança do setor e geram dificuldades na hora de financiar um imóvel. O grande problema é que o financiamento de um imóvel é um investimento de longo prazo – ou seja, a compradora precisa ter a segurança de que conseguirá arcar com todas as parcelas. Só que com a inflação elevada e o risco de desemprego crescente, confiança é exatamente o que anda em falta no momento.
Outro obstáculo que pode frear a demanda por imóveis é o novo aumento dos juros do crédito para casa própria, anunciado recentemente pela Caixa Econômica Federal (CEF).
“O principal problema do setor é de confiança. Falta confiança do empreendedor e do comprador. O cenário macroeconômico também dificulta, em relação à inflação, juros de financiamento”, afirmou Marcos Fontes, professor de economia da IBE-FGV, especialista nas áreas de finanças e imóveis com ênfase em crédito imobiliário e construção civil, e diretor da Habita’z, empresa de consultoria do setor imobiliário.
Entre outras dificuldades que o setor imobiliário enfrenta estão a redução dos lançamentos, cancelamento de vendas e nível elevado de estoques. Além disso, construtoras passam por sérias dificuldades financeiras e o emprego na construção civil está diminuindo.
Neste cenário desafiador, a compra de imóveis na planta (que geralmente são mais baratos do que imóveis prontos) pode parecer mais atraente. Mas a opção, mesmo sendo mais barata, também traz riscos maiores.
“Os principais riscos são o endividamento de longo prazo, insegurança com inflação, emprego e renda. Há também riscos de o empreendimento não ser concluído. É preciso ver a solidez da incorporadora”, afirmou Fontes.
Embora o principal apelo do imóvel na planta seja o valor mais em conta, você não pode considerar somente este fator. Levando em consideração o atual cenário do setor imobiliário, pode valer mais a pena negociar um valor mais barato para um imóvel pronto. As construtoras têm sofrido com muitos cancelamentos e estão, neste momento, com mais apartamentos em estoque. Com este estoque tão elevado, elas têm mais flexibilidade para abaixar os preços pretendidos. É uma estratégia mais segura do que comprar o imóvel na planta e correr o risco do empreendimento não ser entregue tão cedo.
Ainda sobre a questão dos preços, o especialista reforça que tudo dependerá de muita pesquisa. “Tem que comparar custos, condições de financiamento, preço do metro quadrado, ver a região da compra. Em regiões com muito imóvel em estoque, pode haver algo favorável (no caso de imóvel já pronto)”, disse Fontes.
Dependendo do caso, a crise enfrentada pelo setor imobiliário pode resultar em vantagens para a compradora, especialmente para quem puder pagar o máximo possível à vista. “Na crise aparecem as boas oportunidades. Principalmente se a pessoa tem algum recurso para dar à vista. Quanto maior for a entrada do imóvel, melhores serão as condições de negociação”, explicou Fontes.
Fotos: Shutterstock
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