Mudança é algo fácil de terminar em dor de cabeça. Seja para trocar de um andar para o outro, de rua ou de bairro. Quem já precisou se mudar de cidade sabe que os custos com o transporte podem ser tão altos que uma opção é vender tudo e mobiliar a casa novamente. No entanto, existem outras alternativas para quem não quer abrir mão de tudo que já tem. É o caso do frete compartilhado: quando mais de uma carga é transportada, o valor cobrado é referente ao espaço ocupado no caminhão.
Ao se mudar para São Paulo, a professora Ana Paula Parreira, 35 anos, conta que conseguiu, em menos de um mês, vender todos os móveis em um site. Após várias mudanças de estado, ela e o marido optaram por não pagar pelo transporte. “Já perdemos muitos móveis assim, como o primeiro berço do meu filho, que quebrou todo”, comenta.
Com as vendas, eles conseguiram o valor para renovar a casa. “Seria suficiente se nós comprássemos os mesmos móveis, nos mesmos modelos. Mas preferimos comprar melhores, já que alugamos a casa semi mobiliada.”
O valor nada atrativo dos fretes interestaduais foi outro fator que pesou na escolha de Ana Paula. “Achamos muito caro, por isso pensamos que não compensaria. Tivemos experiências não muito boas com transporte compartilhado e preferimos não arriscar”, conta.
A professora de economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Juliana Inhasz, alerta da importância de pensar em todos o prós e contras entre as opções. “É importante lembrar que se o custo de transporte for menor que a diferença, vale a pena. Caso contrário, é mais vantajoso vender e comprar fora.”
O importante mesmo é analisar cada caso e decidir pelo o que é mais vantajoso. O conselho de Juliana é ponderar os custos para não ter prejuízo. “Têm pessoas que já tem uma mobília cara que, em geral, é levada na mudança. Um exemplo: pense em alguém que tem móveis avaliados em R$ 20 mil e o custo é de R$ 5 mil para transportar. Se tudo for vendido por R$ 10 mil, ela perde dinheiro. Não valerá a pena vender tudo, pois terá o custo adicional de R$ 15 mil.”
Já para quem decide pela venda dos móveis, é preciso pesquisar bastante na hora de comprar tudo de novo. “Quem tem dinheiro na mão tem mais vantagem de comercialização. É interessante tentar ter vantagem com o dinheiro, negociar preços e taxas melhores ou até mesmo tentar financiar uma parte. Mas é importante ter a certeza de que está comprando de um comerciante idôneo, buscar referências de lojas no lugar novo”, ressalta Juliana.
Outro fator a ser considerado é o tempo para se mobiliar a casa novamente. “Mesmo que a pessoa acabe optando por comprar, tem o tempo de entrega dos móveis novos. É preciso estar pronta para arcar com gastos extras nesse período”, aponta Juliana.
Se você optou por empacotar suas coisas e levá-las contigo, uma dica é fazer diversos orçamentos. Os valores dos transportes compartilhados variam pelo mesmo trajeto – no trecho Brasília – São Paulo, por exemplo, é possível encontrar de R$ 2 mil a R$ 5 mil ou mais. Pesquisar a idoneidade da empresa que fará a mudança é primordial. A contratação de profissionais informais pode custar menos, mas o risco é maior.
Além disso, embalar seus próprios móveis pode ser uma boa saída na hora de economizar. Muitas empresas oferecem embalagens especiais, mas tudo tem um custo adicional. Vale a pena circular em mercados em busca de caixas de papelão, pois a economia pode ser grande. Algo muito importante é pesquisar a forma correta de embalar seus móveis, principalmente os itens de louça, para que não haja prejuízos na viagem.
Esta não é uma das melhores opções para quem deseja uma entrega rápida e com dia marcado. Neste caso, ter flexibilidade de tempo e orçamento é indispensável. Geralmente, as empresas de transporte trabalham com datas aproximadas e com a demanda dos clientes.
Ou seja, é preciso pelo menos mais de uma família para que o caminhão pegue a estrada – e pode demorar para que isso aconteça. “A primeira coisa a se fazer é estabelecer um contrato com a empresa especificando a data de entrega. Tem que levar em consideração a possibilidade de estar sem a mudança e precisar de hospedagem em caso de atrasos na entrega”, reforça Juliana.
Fotos: Shutterstock
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